BERLINER WEISSE: veja o passo a passo no Lamas Brew Club

Olá cervejeiros e cervejeiras!!

Chegou aquele momento gostoso que acontece a cada 2 meses!! A revelação do novo estilo do Lamas Brew Club!! E a bola da vez é a porta de entrada para o mundo das cervejas Sours! A tradicional cerveja da cidade de Berlin que quase foi extinta, BERLINER WEISSE.

História do Estilo Berliner Weisse

Ah, as histórias cervejeiras! Como nos encantam, mesmo sendo tão difíceis de investigar. Ainda mais se tratando desse estilo que surgiu há séculos atrás: a Berliner Weisse.

A origem da Berliner é um tanto quanto obscura. Uma das teorias que encontramos é de que no século 18, alguns imigrantes franceses que migraram para Berlin, trouxeram consigo técnicas de fabricação das cervejas de Flanders (Red e Brown). Outra teoria diz que o estilo é uma cópia de uma cerveja famosa consumida nos anos 1640 em Berlin, enquanto outra teoria diz que essa cerveja famosa já era cópia de uma cerveja da cidade de Hamburgo. Há ainda quem defende que existem registros históricos mencionando a Berliner Weisse desde antes de 1570. Até o Napoleão Bonaparte entra no meio da história quando, em 1807, ele e suas tropas caíram no encanto da cerveja berlinense e a batizaram como “champanhe do Norte”. Que confusão!

Divergências à parte, o objetivo dos cervejeiros ao produzirem uma Berliner Weisse era obter uma cerveja leve e refrescante, que desse para beber em grandes quantidades (ao contrário da maioria das cervejas existentes há alguns séculos atrás). Para isso, além de uma base de malte pilsen e malte de trigo, o mosto não era fervido. O lúpulo era fervido a parte somente em água e adicionado ao mosto. Sem esterilizar o mosto na fervura, as chances de haver bactérias lácteas eram grandes. Juntando isso ao fato de que elas eram armazenadas em barris de carvalho (mais bactérias e leveduras!), o produto final era leve, pouco amargo e acidificado.

Demorou para o estilo evoluir, foi só no século 19 que as técnicas de produção ficaram mais padronizadas e o consumo virou febre em Berlin. A cerveja era tomada em taças de bocal largo por ter muita espuma e era muito popular apreciá-las com xaropes de plantas ou framboesa. Quase 700 cervejarias produziam Berliner Weisse e era sem dúvidas a bebida alcóolica mais consumida da cidade.

Porém, os anos seguintes não foram gentis com o estilo e, após ser aprovada uma medida de controle, foi proibido produzir Berliner Weisse nos limites da cidade. Essa medida praticamente acabou com o estilo. Entretanto, nos últimos anos o estilo vem renascendo nas cervejarias artesanais, principalmente nas americanas, e revivendo essa cerveja tão peculiar. Hoje é possível encontrar Berliner Weiss nos Pubs de Berlin e nas cervejarias do mundo todo.

Evolução do Estilo e o Primeiro Estilo Brasileiro de Cerveja

 Por sorte, as Berliners foram revividas nos últimos anos e chegaram ao Brasil, pois foram elas que deram origem ao primeiro estilo brasileiro reconhecido pelo BJCP: as Catharinas Sours. Um pouco mais alcóolicas e com adição de frutas frescas, o estilo está cada vez mais conquistando o coração dos brasileiros. Segundo BJCP, o estilo surgiu em meados de 2015 entre a colaboração entre cervejeiros e a busca em criar uma cerveja fácil  de beber no calor do nosso clima e que tivesse uma pegada tropical das frutas que temos a disposição em terras brasileiras.

Berliner Weisse no Lamas Brew Club

Como estamos em constante busca para trazer aos participantes do nosso club novidades e desafios, resolvermos trazer para este ciclo uma cerveja sour, mas porque? Porque esse estilo demanda uma técnica muito precisa. Segue os desafios e as possibilidades deste ciclo:

  • Kettle Sour, que nada mais é que uma técnica mais moderna de acidificação que evita a contaminação da cervejaria. Consiste em acidificar o mosto após a mosturação e ANTES da fervura.
  • Adição de frutas, no caso de querer fazer algo mais parecido com uma Catharina Sour e não uma Berliner.
  • Ainda, se você não curte de jeito nenhum cerveja ácida, é só não fazer o kettle sour e terá uma excelente FRUIT BEER.

Características Vitais da Berliner Weisse

OG: 1.028 – 1.033     FG: 1.003 – 1.006

IBU: 3 – 8   ABV: 2,8% – 3,8%     EBC: 4 – 6

 

Vantagens de Ser Assinante Lamas Brew Club

Fazendo parte do club, o cervejeiro sempre terá:

  • Receitas inéditas e completas para fazer em casa;
  • Desafios cervejeiros a cada ciclo do clube;
  • Análise sensorial da amostra de cerveja completamente grátis;
  • Participando do concurso, o cervejeiro tem a chance de concorrer a uma Grainfather® (equipamento automático para fabricação de cerveja) que é sonho de consumo de muitos cervejeiros caseiros.
  • Descontos exclusivos no site e nas lojas físicas da Lamas Brew Shop na compra de insumos e equipamentos;
  • Brindes diferentes a cada ciclo;

E aí ficou curioso com essa receita? Veja como adquiri-la no site do Lamas Brew Club.

 

Fernanda Puccinelli Autor

Gerente de marketing da Lamas Brew Shop. Descobriu o universo da cerveja caseira sendo cobaia das primeiras cervejas dos Lamas. Se apaixonou de vez pelas artesanais depois de se mudar para os EUA. De volta ao Brasil entrou no grupo da Manada Lamas, sendo responsável não apenas pelas ações de Marketing como também pelas curadoria do Lamas Brew Club.

Comentários

    Luiz Alberto Ferreira Vasconcelos

    (1 de julho de 2019 - 02:25)

    Oi, quero fazer uma sour !!

      Fernanda Puccinelli

      (1 de julho de 2019 - 16:41)

      Ola Luiz!! O processo de fazer sour é bem complexo e desafiador, mas compensa todo o esforço quando ao final conseguimos uma cerveja maravilhosa. Entre em contato com o nosso SAC para saber mais informações da nossa receita da Berliner Weisse do Lamas Brew Club e como adquiri-la. O nosso whatsapp é 19 99987-0933.

    Diogo Luiz marinaci

    (3 de setembro de 2019 - 12:09)

    Estou adorando essas idéias inovadoras que buscam receitas antigas e de maior dificuldade vou entrar nessa também. No

      Fernanda Puccinelli

      (13 de setembro de 2019 - 08:20)

      Olá Diogo!! Esse é o objetivo principal do Lamas Brew Club! Trazer receitas inusitadas que tire o cervejeiro da zona de conforto!! E sempre trazendo uma técnica e desafios diferentes. Venha fazer parte do club!! Boas cervejas!

    Paulo Alves

    (10 de setembro de 2019 - 12:58)

    Olá. Qual o processo para a preparação dos lactobacilos para a inoculação no mosto? Devem ser hidratados? Starter?

      Fernanda Puccinelli

      (11 de setembro de 2019 - 14:25)

      Paulo, nos nossos testes colocamos o lactobacillus após resfriar o mosto e adicionar o carbonato. Não fizemos nenhum tipo de preparação.
      Se tiver mais dúvidas, pode entrar em contato direto com o nosso SAC através do contato@lamasbrewshop.com.br.

      Boas cervejas,

    Mario Ulysses Moreira Jr

    (9 de outubro de 2019 - 16:58)

    Faço parte do Clube a quase 1 ano, as receitas são fantásticas e o aprendizado com as novas técnicas e desafios são enormes! Parabéns !!! Tenho uma dúvida no processo de acidificação do mosto, posso fazer o Kettle Sour num fermentador? Irei deixar com temperatura controlada a 36° 38°. Acho que na panela ficará mais difícil pra mim. Forte abraço e minha gratidão pelos ensinamentos!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *